Esta ativação do sistema imunoinflamatório sistémico agrava a dis

Esta ativação do sistema imunoinflamatório sistémico agrava a disfunção

circulatória, favorecendo a vasodilatação periférica, com consequente ativação do sistema vasoativo endógeno e deterioração da função renal, que frequentemente complica a PBE2. Quando a PBE foi inicialmente descrita, a mortalidade excedia os 90%2 and 3, sendo atualmente de cerca de 20 a 40%3, 4 and 5, desde Z VAD FMK que seja diagnosticada e tratada atempadamente. Além disso, o uso mais racional da antibioterapia e o melhor manejo das complicações nestes doentes parecem ser os responsáveis por esse aumento da sobrevivência, ainda assim bastante inferior ao que seria desejável. Como frequentemente não existem sinais nem sintomas evocadores de PBE, a paracentese diagnóstica deve ser efetuada em todos os doentes com cirrose e ascite, aquando da admissão hospitalar. Deve ser também efetuada em doentes com hemorragia digestiva, choque, febre ou outros sinais de inflamação sistémica, sintomas gastrointestinais e quando existe deterioração da função hepática e/ou renal ou encefalopatia hepática3. O diagnóstico deve ser rápido e o tratamento não deve ser diferido até que os resultados da microbiologia estejam disponíveis. Como os gérmenes mais frequentes são bactérias aeróbicas Gram negativas, tais como E. coli, a antibioterapia de primeira linha inclui as cefalosporinas de 3.ª geração. Opções

alternativas são a amoxicilina/ácido selleck chemicals clavulânico e as quinolonas, nomeadamente ciprofloxacina ou ofloxacina. O uso de quinolonas não deve ser considerado nos doentes a fazer profilaxia com este tipo de antibióticos, nem em regiões com elevada prevalência de resistência às quinolonas, nem na PBE nosocomial 3 and 6. O prognóstico depende fundamentalmente da gravidade da doença

hepática de base e da deterioração adicional que ocorre em resposta à infeção, sendo esta considerada a causa direta da mortalidade em cerca de um terço dos doentes7. Devido à manutenção de índices de morbilidade e mortalidade elevados, a identificação de fatores indicadores de prognóstico é muito importante. O artigo publicado neste número da revista com o título «Síndrome hepatorrenal, choque séptico e insuficiência renal como preditores de mortalidade em doentes com Peritonite Bacteriana Astemizole Espontânea» estuda retrospetivamente os processos clínicos de 42 doentes com PBE com o objetivo de identificar fatores de risco e complicações, durante o internamento, e a sua influência no prognóstico. É um trabalho sobre um tema muito importante, que suscita algumas questões. Na introdução é referido que o uso profilático de antibióticos está aprovado em doentes com hemorragia gastrointestinal, em doentes com PBE prévia e também naqueles que têm um teor baixo de proteínas no líquido ascítico, sem história anterior de PBE.

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